terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ponto de partida


Perdida nesse teu jeito, é assim que eu me encontro... Eu fui arriscando, porque eu parecia ser forte, parecia que eu não ía me envolver, porque eu te conhecia, eu conhecia esse teu jeito, e mesmo sabendo disso me perdi em ti!
Agora me pego pensando em ti sem querer, me pego te trazendo para os meus momentos e me pego te querendo por perto, me pego com saudade e com vontade de ti.
Confesso ter medo, porque eu sempre me achei inalcansável, e tu me alcansou com esse jeito de falar que não me enganou, nem mesmo por um segundo, mas infelizmente me preencheu.
Me seguro nos pensamentos, eu gosto do perigo, não quero te perder.. Embora te deixar fosse tão mais fácil...
Nessa minha contradição eu continuo sem ter um motivo que me faça vibrar, vou me apegando ao perigo, aos riscos e o interminável medo de não poder dizer que valeu a pena.
Vou te usar, mesmo que faça mal, é o meu mal necessário.
Te quero bem para que tu continue fazendo esse mal, te desejo o mal, pelo mal que tu me faz. Eu sei que está perigoso, estamos em ponto de partida, mas não parta, não enquanto eu ainda consigo me segurar em ti, não vá.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A tua solidão vai doer!


Ela estava perdida em meio a dois amores, uma aventura e um estável, estabilidade nunca foi o forte dela, fugir pra bem longe dali parecia mais fácil, mais heróico. Ela era assim, sonhava com o heroísmo - tola -.
Porém pior do que fazer é não fazer, pior do que voltar é não voltar, é não tentar, fugir não é heroísmo, deixar para os outros resolverem os teus problemas é fraqueza. Se é isso que ela chama de conto de fadas, ela que mostre ao mundo seu conto e suas fadas.
Não tinha noção dos atos e nem dos dois corações que partia, um ela levou só uma lasquinha, mas e o outro? O outro ela estraçalhou, sobraram partículas do resto do que existia.
Fico me perguntando como que teve coragem, se queria ser heroína, como pode acabar com alguém que por ela sentia tudo e não sentir nada, pois foi isso que ela fez.
Agora quero ver ela aguentar essa dor, vai doer nela, eu sei que vai doer, e não vai passar como vai pra ele, a dor dela será infinita, nas mais velhas lembranças ficarão resquícios do que ela causou.
Existem atitudes que não tem volta, mas o pior é nem tentar. Vai jogar fora?

Sentimento tão intenso, tão imenso!


Fico procurando formas de ver o teu sorriso, maneiras de te impressionar, sempre procurando uma maneira de te chamar atenção, te surpreender, e por que não de te prender?
Te entender, te escutar, te ajudar... são as maneiras que eu encontrei pra te manter aqui.
Promete que não vai mudar, que não vai machucar e que ainda vai estar aqui quando a noite vier, me pedindo pra ficar... Promete que o teu sorriso vai iluminar meu dia sempre, me fazendo ter motivo pra sair, promete me deixar com ciúmes e depois dizer que é desnecessário porque sou eu que realmente importa!
Diz pra mim que vai me confundir sempre, deixar meu coração apertado, e que vai se sentir culpado por isso, diz também que vai ter medo do que eu sinto, que vai me chamar sempre do mesmo jeito. Mas me diz que o sempre vai existir pra nós e um sempre, sempre igual, com esse sentimento superficial que cobre todo o resto, tão intenso, tão imenso!

sábado, 11 de setembro de 2010

Medo de tudo!

Eu queria que tudo fosse diferente, eu tentei isso, mas em meio as minhas confusões eu não consegui, por outro lado, eu fui diferente, eu senti diferente, a única coisa que não mudou é que continuou não sendo recíproco, realmente a única, porque quem acabou dilacerado foi o mesmo coração de sempre, ou talvez não tenha sido a única, porque esse coração dessa vez parece não ter cura e nem forças, este mesmo coração que montava-se rápido e vibrava, hoje já não é tão capaz.
Quanta confusão! Em meio, a tudo isso, ainda existe o medo, a culpa e a solidão, nem sei de onde vem tudo isso, só sei que está difícil de suportar, está impossível de explicar, se nem eu mesma me entendo, quem vai conseguir me entender, medo de mim!
Deixo o tempo passar, com medo de me perder nele, quero me prender em algo, mas não sei o que...
'Eu preciso, você também, todo mundo precisa de alguém!'

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Também pudera, isso é coisa do coração


O tempo passa e coisas e pessoas perdem a importância. Por erros cometidos em sequência o que ontem tinha muito valor hoje é dispensável, sentimento vázio, já senti saudade, mas hoje não faz diferença.
Com as coisas é tudo mais simples, é importante até aparecer algo novo que seja mais atraente, mas em relação as pessoas é tudo muito mais complicado de entender, porque falar de pessoas envolve sentimentos e uma sequência de coisas que eu não entendo.
Com o passar do tempo você conhece e ama essa pessoa, ela se afasta por seguir rumos diferentes, você sente falta, corre atrás e percebe que o sentimento da pessoa não é recíproco, você acaba desistindo, com o coração dilacerado, diga-se de passagem, mas você desiste, depois o tempo cicratriza essa sua ferida, e quando você vê esta pessoa ela é tão superficial que você nem a sente mais. Mas há um tempo atrás ela era parte de você, não?
Mas passou, e eu em meio as minhas confusões não sei se isso é bom ou ruim, eu simplesmente não entendo, e não me esforço para isso. Agora que percebi que o que significava muito, virou nada, eu fico perdida e com medo que tudo seja tão superficial quão era esse amor. Pudera eu entender o coração, logo eu.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Eu quero mais disso tudo


É lindo esse mês de julho...
Traz consigo as férias, traz consigo mais da metade do ano. Significa novas aventuras, novas noites, novas festas, paixões de férias, amigos de férias, e mais um milhão de coisas que duram intermináveis e maravilhosas duas semanas.
Agora já está vindo o cheiro de rotina, e o mês de agosto que voa, passa rápido, que cola na primavera, e tão bela primavera!
As vezes eu queria que as coisas das férias durassem mais, as vezes não, porque se durassem não seriam tão especiais, tão intensas, nas férias qualquer relação é intensa e tem um ar de eterno enquanto dure e que dure no pra sempre de duas semanas.
E como passa rápido... Que a intensidade desse mês se duplique no V E R Ã O, que está quase aí, que é tão cheio de si. Porque é sempre assim, passa rápido demais e nem da tempo de fazer tudo, quando passa julho, já tá chegando ao fim, e cada fim é outro começo e eu tenho medo. Que as férias durem mais, que os dias durem mais, que as semanas durem mais, que os meses durem mais, que os anos passem mais devagar...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O melhor pra você é o meu melhor.


Ela tinha 15 anos e não queria nada de anormal do mundo, diversão, carinho, amor e muita alegria. Ele tinha 15 também e queria menos ainda, ele queria ela, e nada mais o importava no mundo.
Pra ela sempre foi cômodo o ter por perto, afinal ele sempre a completou, mas ela ainda sim queria mais.. Durante o sempre ele esteve ali, segurando sua mão, protegendo, amando-a, amando-a acima de tudo, e sabendo que ela o amava muito, mas não o suficiente, ela sempre teve noção de que ele era parte dela, parte essencial, mas não gostava de demonstrar muito isso, pois não queria que ele confundisse as coisas, isso a fazia muitas vezes parecer indiferente a ele.
O tempo foi passando, e o coração despedaçado dele foi cansando, a cada dia ele se sentia pior e ela sabia disso, mas era egoísta o bastante para não abrir mão dele, ele era o seu amigo, um amigo como nenhum outro, embora ele quisesse mais e ela soubesse.
Um dia ele cansou, mudou-se e mudou em relação a ela, achando que se fizesse isso, o amor que enchia o seu peito, fosse sumir, com o passar dos dias, meses e anos foi tornando o seu coração duro feito pedra, ele não conseguiu amar mais ninguém, ele não se permitia isso, mantinha contato raramente somente para saber se ela ainda existia no seu mundo, mas não se permitia muito.
Ela deixou as coisas acontecerem assim, ela sabia que era melhor pra ele, embora nela doesse muito, mesmo que parecesse que tivessem arrancado o coração do seu peito. Passou a demonstrar mais seus sentimentos, pra que ao menos ele sentisse parte do que ela transbordava, daquela amizade que era tão dele! Ele era o oxigênio dela, ela necessitava dele... Ela era tudo pra ele, desde os seus pensamentos até o seu sangue, só que de formas muito diferentes.
O amor era tanto que um entendia o outro e simplesmente preferia manter-se afastado querendo-se bem.
As vezes ele se rendia, não conseguia lutar com tanta força com seus sentimentos, ela adorava estes momentos por mais curtos que fossem, fazia com que ela tivesse certeza de que essa capa que ele tinha criado, não tinha feito o que ele realmente era sumir.
Até hoje eles são assim, metades um do outro, metades que vivem distantes, mas que sabem que um sempre existirá para o outro, que sabem da dimensão dos sentimentos e que compreendem que a única coisa em que eles não são absolutamente iguais é na forma de amar um ao outro.
Ela pergunta - Por que eu não o amo, como ele me ama? Por que ele não ama somente como eu amo?
Ele rebate - Gostaria eu de evitar isso, mas esse coração é completamente seu!

sábado, 5 de junho de 2010

entre um cofre e um rio.


As marcas do meu passado as vezes me servem de desculpa.
Hoje não me entrego pra ninguém, e sou como um cofre secreto que poucos descobriram a combinação.
Resolvi renegar o mundo, resolvi me afastar dos que conseguiram me descobrir, e não valoriza-los, para ver se desistem, tenho medo que descubram meus segredos.
Cometo erro em cima de erro, destruo corações, tudo isso sem intenção nenhuma, quando vejo já fiz. Faço isso, porque sempre que me entreguei quebrei a cara, jogaram a combinação do cofre fora, de todas as razões da minha vida, sobraram poucas, para contar essa história.
Segui sempre levando a minha vida, sempre encontrando graça no resto do mundo.
Além de cofre, eu sou também como um rio rasinho, tanta gente se vê através de mim, confesso meu medo.
Sou uma confusão sem fim, sinto falta de quem já se foi, e amo muita gente que está ao meu redor, mas tenho medo, muito medo. Medo de perder estas pessoas, como já perdi muitas outras, medo que elas me descubram, descubram esses meus medos, descubram que uso isso como desculpa dos meus erros.
Queria eu pulsar um coração, uma vida inteira, mas eu realmente não consigo, antes destruí-lo de início, do que cultivar a minha dor.
Chega, prometi pra mim não mais sofrer, um dia a vida vai dar um jeito em mim!

Brilha sozinha agora, estrelinha!


Eu acabei.
Sabe, eu nunca acreditei naquela frase de novela 'Você é bom demais, pra mim.', mas sabe que é verdade... ontem tive a prova disso. E pra evitar de despedaçar um coração eu escolhi despedaçar o meu, afinal, eu sou muito forte.
Pensando por outro lado, quando machucamos um coração, machucamos mais a nós mesmo, pois é impossível destruir outra pessoa e não sentir nada, sendo assim, eu acabei com a minha dor também, afinal, ele é muito forte!
Tudo mentira. Eu me machuquei, eu machuquei ele. Foram machucados superficiais, nada comparado a uma destruição, mas eu machuquei... e o motivo disso tudo? eu sinceramente não sei, só sei que estava pesando demais pra mim. Pra mim, quanto egoísmo!
Ele sempre fez o melhor que podia, e eu tentei me doar por completo, é difícil pra mim, ele sempre entendeu... mas era difícil pra ele também, será que eu entendi?
Pensando desta forma, eu acreditei na frase de novela, pensando dessa forma eu também tive certeza de que eu fiz o certo, mesmo acabando com a felicidade momentânea, depois podia ser pior...
Meu deus, como eu mudei, eu estou pensando no depois, eu nunca pensei no depois... Porém eu não mereço críticas, ajo assim, porque um dia já despedaçaram o meu coração e eu ainda não me curei, ainda não colei todos os pedaços deste coração que ainda não consegue ser de ninguém. E eu nunca vou fazer para os outros o que fizeram pra mim, ninguém merece ter um coração vibrante e depois sofrer pra sempre com ele despedaçado, sangrando.
Essas lágrimas de sangue que caem de mim hoje, me impedem de não te proteger, até que eu consiga me curar, eu vou agir assim, não machucarei mais você, não machucarei mais a mim.
E como bons amigos, eu protejo você que por um curto tempo foi uma estrelinha, que fez meu coração tão feliz. Agora brilha sozinha estrelinha, iluminando outro coração.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Se essa rua fosse minha


No silêncio do meu mundo ecoa a dor do arrependimento. Orgulho ridículo esse que me separa da felicidade. A distância entre a minha felicidade e dessa solidão está em meus pés, está no outro lado da rua, consigo vê-las tão perto que meu coração dilacerado pulsa, jorrando dor para todo lado.
Já não consigo mais evitar ou até mesmo disfarçar com sorrisos esse coração quebradiço. A dor escorre dos meus olhos e passa entre minha garganta, meu silêncio está acabando.
Queria eu ser assim como você, tão forte a ponto de esquecer.
Queria eu juntar todos os pedacinhos do meu coração e remontá-lo como quem monta um quebra cabeça.
Neste momento, desisti de esquecer, pois quanto mais tento isso, mais penso em você.
Só não dói, não dilacera, não quebra quando estou dormindo, neste momento me desligo, pudera eu viver sem essa dor, pudera eu ter meu coração de novo, pudera eu entender o que leva alguém a quebrar o coração de outro alguém assim, só por quebrar.
Em tempo, pudera eu parar com o drama e falar para todo mundo que essa dor é também culpa minha, culpa desse orgulho que me impede de te fazer enxergar tudo, que me impede de te obrigar a fazer meu coração voltar a pulsar.
A felicidade está no atravessar da minha rua, ah... se essa rua fosse só minha!

domingo, 23 de maio de 2010

Adiar ou se acovardar?


Ela: Estou em meio a uma confusão, era tão cômodo antes, eu resolvi sair do meio termo e me perdi em você, ou até mesmo em mim...
Hoje estamos com problemas, e eu sou estourada, precipitada, e já não sei se ainda quero você, não sei se quero te carregar comigo.
Pra piorar as coisas tem mais gente a minha volta, e você está pesando pra mim, e olhando por este lado, acabar é muito mais fácil... do ângulo oposto quando você for embora, e levar o seu peso, eu não vou ficar tão leve que vazia? Essa dúvida ainda me prende a você, essa história de não saber como vai ser.
Eu não sou de adiar as coisas e por isso quero que a dor venha logo, quero que tudo de ruim venha logo, acho que vou acabar, acho que decidi...
Ele: Você é tudo pra mim.
Ela: Mas se eu sofrer agora, será que um dia a felicidade vai vir de novo?
E se eu jogar tudo fora, será que eu não vou me arrepender?
Porque eu não aproveito agora, e deixo o depois pra depois? Ah, porque eu estou com medo, medo que doa muito, que buraco no meio peito, dessa vez, fique incurável, que você leve meu coração com você quando partir.
Nós: Então você vai ser covarde? Prefere não ter a quem amar, do que amar demais?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Perder o que não é meu


Parece que um dia todos irão embora, parece que você sempre vai perder alguém, parece que você vai ficar sozinho e com o coração dilacerado. De tantas vezes que meu coração foi quebrado por tantas perdas, eu o vejo destroçado dentro de mim.
Perder alguém que você ama, que te faz bem só em existir, que te enche de alegria, é perder uma parte de você.
Mas as vezes eu fico pensando que você só perde o que é seu e as pessoas não são suas, talvez você nem perca a pessoa, perca só um pedaço seu que vai com ela, um pedaço do seu coração, que nunca mais será o mesmo.
E não poder fazer nada é o pior de tudo, não poder impedir, dói muito.
Mas bom mesmo, é lembrar dos momentos, e de tudo que você nunca vai perder, esse tudo se chama lembrança, o melhor de tudo é olhar aquelas fotos e pensar no quanto foi bom, no quanto valeu a pena.
E assim, eu fico pensando que um dia eu vou reencontrar você, e juntas nós viveremos tudo de novo!
Tem muita coisa por vir, e eu espero do fundo do meu coração que o futuro te traga de novo pra mim... Até que este dia chegue eu fico contigo só nas minhas lembranças, espero que tu nunca fique sozinha, que sempre tenha alguém que preencha este espaço no teu coração, espero que ele nunca quebre, porque tem um pedacinho dele aqui comigo.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Nem viver, nem existir


Depois de tanto tempo eu não sei mais se eu consigo acreditar no felizes para sempre, as vezes eu sinto que as mágoas colocaram um ponto final na minha confiança.
Bonito seria se todo amor fosse correspondido e se toda frase fosse verdadeira.
Mas o mundo não é assim.
As vezes eu sinto que é cedo demais pra eu descobrir que as decepções são incuráveis e que pouquíssimos amores vão dar certo.
Não é cedo pra perceber que o tempo não cura nada? Que o tempo só tira do foco a dor?
Antes eu achava que quando doía demais, a pessoa morria e tudo se acabava, bom seria se fosse assim, se a morte sinalizasse o fim. Mas não é assim, a dor vai matando, e quem se entrega a ela não morre, vive triste, não vive.. apenas existe. - se bem que se viver não é sofrer, eu também não vivo - E quem não se deixa entregar,apenas tira do foco, mas a dor fica ali, e a qualquer hora sangra feito ferida, derrama como lágrima e destrói, porque é de mentira!
E tudo que é de mentira tem um fim, aí entra aquela história do pra sempre, eu não esqueceria de falar que ele não existe, é ilusão infantil achar que as coisas vão durar pra sempre - mais uma mentira que colocaram na cabeça da gente. -
Tudo desmorona fácil como castelo de cartas, relações humanas são como fios de cabelo, puxa e ele arrebenta, e sonhos... ah, nem todos foram criados para serem realizados, é assim sempre, todo mundo vai saber.
Felizes dos que ainda vivem na ilusão, e coitados ao mesmo tempo, porque mais cedo ou mais tarde, essas mentiras vão sumir e dilacerar como pingos de chuva.
Coitados dos que já sofreram, coitados dos que ainda vão sofrer, ambos ficarão mais frios e menos verdadeiros. A vida é assim, a vida não é justa, príncipes e princesas simplesmente não existem... eu só queria acreditar no final feliz.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Primeiro...


Imagina encontrar um alguém que te completa, que te deixa inteira, que te entende no olhar, que te ajuda, que compartilha contigo os teus problemas, divide contigo as conquistas e multiplica as alegrias... esse alguém, é alguém inesquecível, independente do tempo que essa pessoa fica na tua vida, essa pessoa é simplesmente AQUELA. A que te faz querer viver, querer sorrir.
Mas essa pessoa não é perfeita, ela falha também, daí acabamos abrindo mão deste amigo, cúmplice, namorado... uma hora ou outra isso acontece.
No momento em que abrimos mão, PUFF! essa pessoa não era qualquer uma, essa pessoa era a melhor pessoa que entrou no nosso caminho, e perdemos...
O problema é que essa pessoa é única, não vai existir outra, e nenhuma vai significar nem metade do que ela significou, e neste momento, dói.
Essa pessoa vai despertar teus primeiros sorrisos e porque não lágrimas... vai ser seu primeiro amor e a sua primeira decepção.
Mas você vai poder sempre, sempre contar com essa pessoa, e sabe porque? Porque existem coisas, e pessoas na vida que são inesquecíveis, insubstituiveis, pois todo mundo lembra do nome do primeiro amor, e o segundo? aah o segundo não é a mesma coisa.. não é o mesmo frio na barriga, não é a mesma vergonha, e muito menos a mesma intimidade.
Felizes daqueles que não desperdiçam, que seguem em frente, eu não segui. E depois de imaginar tudo isso, imagina perder essa pessoa, eu perdi, ponto final.

domingo, 25 de abril de 2010

Sempre foi você


Eu queria me entender e saber porque mesmo depois de tanto tempo eu ainda sinto teu cheiro no ar, eu queria saber porque eu não te esqueço, mesmo sabendo de todo mal que esse amor faz pra mim, são em momentos como estes que eu paro pra lembrar daqueles sorrisos bobos, olhares discretos, daquela época que a gente agia sem pensar, em tempo, esse mal que faz agora, fez parte do meu bem.
Aquela época... Quando parecia que tudo ia durar, e que se algo desse errado o outro ia perdoar, mesmo nós dois que nem imaginávamos brigar, já sabíamos que se fosse preciso perdoaríamos um ao outro.
O tempo passou e o amor ficou pra trás, deixamos lá guardadinho, colocamos outras coisas como prioridades, nós dois nos achávamos imaturos demais, por isso resolvemos adiar, e quando vimos era tarde demais, simplesmente já tinha passado.
Hoje eu não sei se quem eu amo é aquele que comigo viveu um amor imaturo, ou se é essa pessoa fria que eu conheço hoje.
As vezes, parece que aquela pessoa que eu amo não existe mais, mas quando vejo nos fundos dos teus olhos, eu sinto que atrás de todo esse teu jeito seguro, o meu namorado bobo ainda existe, e por isso eu ainda tento.
Eu me arrependo de ter adiado, de ter te trocado, eu queria valorizar outras prioridades, quando a minha prioridade sempre foi você. Te perdi de todas as maneiras, só não perdi esse teu olhar, e é por causa dele que eu sei que é com você que eu quero estar.
Ninguém me entende eu fico perdida nos meus pensamentos, eu não consigo mais dividir minhas confusões com você, porque você não existe mais, e em meio a tudo isso eu escuto 'amor é pra sentir, não pra entender'.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Se o tempo voltasse, se o tempo parasse


Eu só queria que o tempo voltasse... Voltasse para aquela noite fria e estrelada, em que a gente admirava o céu, quando parecia que tudo ia durar pra sempre, que nós amaríamos um ao outro, independente do que estivesse por vir.
Eu só queria que você soubesse que nem mesmo nos meus pensamentos mais distantes e raivosos eu consegui não te amar, eu só queria que você soubesse que mesmo que eu tente é impossível tirar da cabeça, alguém que não sai do coração.
Eu só queria te ter de novo!
Tem momentos que eu queria congelar, e no meu seleto grupo de momentos, eu só vejo você.
Eu já tentei esquecer, abafar, deixar pra lá, mas não dá, eu realmente não consigo, não dá.
Eu queria que o tempo parasse naquelas noites frias, queria que o nosso amor infantil fosse capaz de suportar, eu queria que essa dor saísse de mim.
Ah se eu pudesse!
O nosso amor se eternizou, eu sei que pra sempre vai ser assim, desse jeitinho que é, é como se quando eu visse você, o céu mudasse, e fosse sempre aquela noite estrelada, é como se o tempo mudasse e fosse sempre aquele friozinho, aquele friozinho esquentado pelas nossas energias eletrizantes que simplesmente se completam...
Mas sabe o que mais me dá certeza de que é você? É esse teu olhar, quando alguém consegue encontrar um outro alguém que simplesmente te entende no olhar, que te completa, te acalma, é porque esse alguém é O alguém, e é assim com você, sem falar no teu abraço que faz o meu mundo parar, faz eu esquecer, faz eu só te querer...
Eu simplesmente não posso evitar esse tu que existe dentro de mim.
Eu quero fugir pra bem longe daqui com você, passar mais uma noite olhando o céu, só com a nossa comunicação visual, e quando for pra falar que seja só pra curtir a melodia da tua voz, eu quero olhar as estrelas naquele abraço que nos torna um único ser, e depois de tudo isso eu não quero acordar, porque se for pra acordar sem você eu não vou aguentar, eu não estou aguentando mais.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Em meio a lágrimas e soluços


Ele foi embora e eu fiquei ali sozinha. Ele disse que não voltaria, que eu nunca fui o que ele queria.
Eu não sabia o que fazer, nem como viveria agora, porque ele estava vivo, vivo dentro de mim, vivo nas coisas que eu fazia, vivo na forma que eu agia, e eu não via uma maneira de viver sem ele, mas eu tinha que viver, que resistir, eu tinha que ser forte, pelos meus pais, pelos meus amigos.. não por mim, eu não tinha mais vida e não me importava mais com o que ia acontecer, eu tinha perdido tudo, porém eu tinha que fingir, porque ninguém podia me perder, ninguém precisava e nem deveria sentir a dor que eu sentia e sentira.
Acordei, e ao me arrumar para ir pra escola, vi em mim, que eu não tinha vontade nenhuma de me arrumar... amarrei o cabelo, coloquei jeans e blusa branca e fui para escola. Dentro do carro, meu peito tomou uma dor intensa quando liguei o rádio, desliguei depressa.
E ao chegar a escola a dor só piorou, pois aquele lugar me lembrava ele mais uma vez, tudo ao redor de mim, as escadas, os corredores, as pessoas, o pátio, eu não ia suportar.
Ninguém sabia de nada.
Nana veio até mim e disse:
- Que cara é essa Lu? Um trator passou em cima de você?
Sorri superficialmente, mas Nana me conhecia muito bem, mudou a fisionomia na hora e disse:
- Lu, foi o Lucas? Vamos para os fundos.
Meus olhos se embaçaram, eu não ia conseguir segurar as lágrimas por muito tempo, saí com ela, eu precisava dividir isso.
- Acabamos e ele foi claro ao dizer que eu nunca fui o que ele queria - disse isso em meio a lágrimas e soluços.
Nana me abraçou, e me acalmou, do jeito que só ela conseguia.
Segui para aula, e depois, para casa, e assim segui minha rotina, com uma alegria fictícia, com um sorriso teatral. Pra quem já havia tido o amor verdadeiro, hoje eu era superficial. como a maioria das pessoas, embora eu fizesse a quem estava na minha volta feliz, eu não era feliz.
Neste momento percebi que a vida tem momentos pequenos de felicidade, a vida.. aah ela não é feliz!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O grito


Dentro de mim existe um turbilhão de sentimentos, um milhão de confusões, e eu não consigo resolver, e parece que nessa hora quem eu mais preciso me abandonou, eu estou sozinha e não tenho com quem contar.
Os gritos que estão ecoando dentro de mim, não tem força pra sair da minha garganta, a minha cabeça vai explodir... eu vivo confusa e ninguém quer me escutar, e com quem eu podia contar, só fez piorar a situação, invadiu a minha privacidade, mexeu no meu silêncio, eu não suporto, eu não estou aguentando, eu quero fugir, sumir, ir para um lugar bem longe daqui, onde eu possa viver em paz, eu quero ir para um lugar silencioso, onde meus gritos ecoem e me deixem livres.
Eu estou presa as minhas confusões, e não tenho com quem dividir, meus gritos não saem de dentro de mim, eu vou ficar sufocada, eu não sei o que fazer.
Dor, está doendo muito...
Eu não sei o que eu vou fazer, eu estou perdida, e não está bom pra mim, eu não sei até quando eu posso aguentar, se eu conseguir dormir por um longo tempo, por favor não me acorde, será como me desligar do mundo por algum tempo. Eu só quero isso, dormir dias e esquecer tudo isso que me cerca, eu não tenho culpa de nada, eu me esforço para fazer as coisas corretas, eu tento compreender, eu queria que fosse recíproco.
Eu preciso gritar, mas eu sinceramente não consigo...

domingo, 11 de abril de 2010

Entre pensamentos e dúvidas


Estava deitada na cama, perdida em pensamentos, mudei a estação do rádio, e de repente a música que tocou, dizia o seguinte 'eu nunca encontrei alguém pra ser feliz'..
Eu tinha 16 anos, e isso era uma das minhas certezas, eu nunca encontrei alguém pra ser feliz.
Neste momento pairaram sobre mim, um milhão de dúvidas, o problemas era eu? eu nunca encontraria ninguém? eu não merecia isso?
Todas as minhas amigas, já haviam encontrado alguém nem que fosse por um curto tempo, exceto eu, eu não tinha ninguém, a solidão que tomava conta de mim, não concordava com o carinho que eu recebia de todos, eu era feliz, eu tinhas muita gente comigo, mas neste momento eu estava sozinha.
E parecia que pra sempre seria assim, mas eu só tinha 16 anos recém feitos, e eu nem sabia se o pra sempre existia, e eu que sempre torci que ele existisse, dessa vez quis que ele fosse para o espaço.
Em meio aos meus pensamentos, procurei alguns candidatos e o que eu vi, foram pessoas que simplesmente passaram, passaram por mim, pela minha vida, e eu não vi neles o alguém que me faria feliz.
Por que eu, por que comigo? Eu era boa nas coisas que eu fazia, eu também era bonita e eu era inteligente, o que faltava em mim?
Será que eu não era normal? Será que eu estava querendo demais? Eu só queria alguém pra ser feliz.
Pausa em meus pensamentos, pausa nas minhas dúvidas, dormi.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O mundo de Júlia


Crônica de Júlia, uma garota que não sabia nada: Ela sempre fez tudo que quis, sempre saiu na noite, fez muitos amigos, teve muitos ficantes e um único namorado.
Porém a vida dela era superficial, até ela conhecer o então ex namorado. Ela nunca tinha percebido quem eram seus verdadeiros amigos, ela nunca dera tanto valor ao amor de seus pais, nunca tinha se apegado as pessoas, até sentir a dor, dor que dilacerou, destruiu.
Parecia o fim do mundo, do seu mundo pelo menos, pois quem sempre teve tudo, tinha perdido o seu primeiro amor.
Isso aconteceu em meados de dezembro, era início da nova estação, a que mais esquenta o coração.
Sorte dela, a dor foi abafada por paixões de noites, de festas.
Ela estava feliz, que pena que mais uma vez foi superficial, por mais que dessa vez fosse diferente, que ela tenha aprendido a se apegar as pessoas e a ter medo deste mesmo apego.
Abril chegou, a estação mudou, o frio voltou e o ex namorado ficou arrependido.
E como uma nuvem fria, a deixou desprotegida.
Mais uma vez tinha que sair da sua superficialidade.
Ela não sabia se era isso que queria, era mais cômodo ser superficial e pegar geral, mas não fazia tanto sentido quanto ter do seu lado o seu único namorado.
Abril ainda não passou, ela ainda não escolheu entre o vazio tão cheio de alegrias superficiais ou o completo tão vazio de segurança.
Não sabe se o namorado merece perdão, ainda não decidiu como vai passar os dias de inverno, e em meio a isso tudo, não sabe o que o ex namorado confuso vai querer nessa estação.
Júlia, tem mais uma contradição, ela é o oposto do que parece ser, embora tenha sempre um sorriso no rosto nem sempre é isso que ela está sentindo. E acredita que o que sabe é o bastante, Júlia não sabe nada e isso é o que a deixa mais perdida em seu mundo, o mundo que ninguém conhece, o mundo que ela esconde, guarda só pra ela, é o seu cantinho particular.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não morra, não se deixe morrer..















Crônica de uma pessoa cuja o nome era arrependimento do mal:
- Hoje eu paro pra pensar no tanto de coisa que eu deixei de fazer, por simplesmente ter medo de perder.
Tem coisas na vida da gente que são inevitáveis, coisas que tem que acontecer.
Mas o pior de tudo, o que mais dói em mim é saber que tudo que não era obrigatório eu perdi, tive medo, desisti, chorei, cai.
Agora o tempo passou, e levou com ele as coisas que eu queria ter feito, as viagens que eu deixei pra depois, os amores que eu deixei pra lá, os amigos que eu pensei que não iam faltar, as festas que eu deixei de ir para dormir, o amor que eu deixei de dar para o mundo, julgando que ele não merecesse, quando na verdade o mundo me dava uma chance chamada felicidade.
Depois, depois, depois... o depois simplesmente não é uma boa data para programar festas, viagens, amores e amizades.
A R R E P E N D I M E N T O é o pior dos sentimentos, é pior do que perder, é nunca ter, é nunca ser, é nunca saber, é não sentir, é não experimentar, é não dar-se por completo, e na vida, não dar-se por completo é não viver.
No antes parecia que eu teria tempo pra fazer tudo, eu não sabia qual era meu tempo certo, mas achava que era maior, no fim das contas eu deixei, deixei e não fiz nada, não fui, não criei, não amei.
O depois é a morte, - não falo de morrer no sentido vital - falo de morrer de alma, de espírito, porque não estou vivendo, estou mais uma vez deixando passar.
Durante muitos anos da minha vida, eu deixei passar por medo, hoje eu deixo passar por falta de forças pra lutar.
Eu morri.
Eu só queria deixar bem claro 'não há tempo que volte amor, vamos viver o que há pra viver, vamos nos permitir'. Não faça como eu, não perca chances, pois não é certo que vá encontrá-las novamente, não deixe de sorrir, pois certamente não vai encontrar quem vá sorrir por ti, e não deixe nunca de amar, ame por um segundo, por uma noite, por uma vida.
Não morra, e não esqueça que existem dois únicos tipos de arrependimentos, e arrepender-se de não ter feito é pior do que morrer, é viver sem fazer nenhum sentido para humanidade.
Arrepender-se só das coisas que foram feitas, vividas e amadas!

domingo, 4 de abril de 2010

101 anos!


Crônica de amor ao colorado: Hoje é domingo, e como a maioria dos domingos, tem jogo, e não importa qual é o jogo, quando o meu Inter entra em campo, todo jogo vira final.
Hoje o domingo é ainda mais especial, são 101 anos deste louco amor.
- Estava no computador, olho no relógio, passa das 12 horas, é meia noite e um, significa que já é domingo, significa que é o dia do aniversário do grande amor da minha vida, um amor, que aconteça o que acontecer, passe o que passar, vai estar sempre vivo e orgulhoso dentro de mim.
Saio da frente do computador, sento no sofá, levanto, caminho pela casa, pensando no tudo que aconteceu nestes 101 anos, paro pra pensar que este amor nasceu em mim no dia quatro de abril de 1909, já estava escrito assim, que eu amaria este time, como jamais amei outra coisa, que seria diferente.
Neste momento acredito que tudo que acontece, de alguma maneira está previsto, já foi escrito - olho na minha volta, posters do time que ganhou tudo - antes de nascer, antes dos meus pais nascerem já vibrava no meu sangue esse amor - ou seja, estava escrito -.
Ser colorado é diferente de tudo, é um sentimento superior!
Hoje tem jogo e eu quero ganhar, é jogo do gauchão, eu quero ganhar o gauchão, quero ganhar o Brasil, a América e o mundo.
E depois que mais uma vez essa nossa estrela brilhar eu quero começar tudo novamente, quero ser inúmeras vezes, campeã de tudo.
Aí está a diferença de ser colorada, acho que eu não preciso nem dizer.
Pausa em meus pensamentos, tenho que me concentrar para torcer mais uma vez pelo meu Inter.

PARABÉNS SPORT CLUB INTERNACIONAL, PELOS TEUS 101 ANOS ♥

sábado, 3 de abril de 2010

Pela última vez?


Crônica de uma garota: Ela não sabia o que fazer, estava a ponto de explodir com tanta coisa na cabeça, não sabia como agir.
As coisas ao seu redor não faziam mais sentido, tanto tempo perdido e nada construído.
Hoje ela olhava a sua volta e não via nada, era sábado, quantas vezes ela ficou ansiosa pelo sábado e hoje o sábado estava sem programação, sua rádio estava fora da estação, e ela estava sozinha, perdida em meio ao seu silêncio, até semana passada não era assim, ela tinha planos, como pode tudo mudar? até ontem ela não sabia a quem dizer o sim, por ter tanta gente afim.
Ter muita gente a sua volta sempre foi favorável, sempre foi bom demais, e ela não queria que mudasse, por isso assim, nunca dizia sim.
Ela sabia que um dia mudaria, só não sabia que se sentiria tão vazia.
Neste momento a solidão trouxe arrependimento, chegou a hora em que ela ouviu um não?
Ficou perdida, escrevendo frases destrutivas, beleza não era nada, e nunca foi tão ruim saber que ela era relacionada a tudo por sua beleza rara, ela não tinha mais nada? não, ela não tinha.
O sábado ficou assim, silencioso, e ela que muitas vezes queria silêncio, hoje precisava de uma explosão, não queria mais saber de ilusão.
Hoje ela estava disposta a dizer o sim, mas não tinha ninguém assim, tão afim.
Ela que sempre escolheu hoje não tem mais escolhas.
Ponto, ela não tinha mais nada, as pessoas a sua volta, puft! arrumaram mais o que fazer.
O telefone toca, ela atende, a voz diz: - Oi linda!
Alguém lembraria dela, ou alguém sobraria e tentaria pela última vez?


xiiiiiiu! acabou o barulho, paz...


Tenho que acordar, tanto pra fazer, tudo que eu já sei de cor ♪
ROTINA - s.f. Caminho utilizado normalmente; itinerário habitual. / Fig. Hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente; repetição monótona das mesmas coisas; apego ao uso geral, sem interesse pelo progresso.
Ninguém aguenta, estamos iniciando abril, março é o início, uma parte já se passou.
Os professores nos confundem, pedem cada vez uma coisa diferente e eu nem sei o que eles estão pedindo, na sala a gritaria toma conta, cada um grita mais alto, cada um grita uma coisa diferente, a escola é pequena em meio a tudo isso eu escuto os gritos das salas do lado, os gritos do pátio, os professores tentando dar aula, eu não suporto mais essa loucura.
Durante o ano inteiro são 200 dias letivos, hoje é mais uma daquelas tardes, eu entrei na escola, são 13 horas, e ao passar o portão a gritaria já se alastra no meu cérebro, na sala de aula já tem gente sentada esperando o início da aula, a professora chega, a aula começa, ou a gritaria, eu quero sair, mas ainda não acabou, termina o primeiro período, a professora desiste, deixa que os alunos tentem fazer os exercícios, ninguém copia, ninguém faz, a professora finge não ver.
Termina o segundo período, troca de professora, ela sai pela porta aliviada, venceu mais uma etapa.
A professora do terceiro período perde mais da metade da aula fazendo chamada e depois conversa sobre assuntos fúteis só querendo que o tempo passe logo.
É intervalo, socorro, gritos, gritos, gritos!
Volto do intervalo, pronto agora faltam só 2 períodos, eu quero fugir, eu não suporto este lugar.
A professora entra na sala, faz dinâmicas, está todo mundo vendo que ela só quer matar o tempo e é isso que acontece, finalmente 16 horas e 50 minutos, a professora libera os alunos, mas não podemos sair, a escola só libera as 17:00 horas isso é ridículo.
Enfim, o sinal bate, e todos saímos daquele hospício, correndo, como se fôssemos uma manada, eu saio dali e de repente, xiiiiiiu! acabou o barulho, paz...

- amanhã tem tudo de novo e até dezembro é assim, tende a ficar cada vez pior!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Só se vira alguém, quando se aceita o eu!


Crônica do ninguém, que passou um ano inteiro tentando ser alguém: Olhava em minha volta na sala de aula, em uma manhã de inverno, fria, via pessoas diferentes de mim, pessoas completas, via aquilo e pensava no meu vazio, no vazio que existia dentro de mim.
Perto da porta existia uma menina, de cabelos cumpridos e lisos, de olhos pretos e fundos, ela escrevia, escrevia e escrevia, parecendo prestar atenção a matéria que estava sendo dada, atrás dela, sentava um menino tão bonito quanto ela, ele era moreno e tinha olhos verdes, ambos usavam roupas bonitas, ele ao contrário dela, não prestava atenção, escutava música e mexia no cabelo liso e cumprido da menina, ao lado dela sentava outra menina, essa não era tão bonita, porém quando abria seu sorriso ela conquistava a toda e qualquer pessoa, ela simplesmente era dona de uma simpatia inexplicável.
Olhando mais para trás tinha os meninos do desenho, eu não sabia muito sobre eles, mas eles desenhavam bem.
A parte do meio da sala era tomada de patricinhas que passavam o dia falando de coisas fúteis, mas elas tinham uma coisa que eu não tinha, eu nem sabia o que era, mas elas tinham, estavam sempre rodeada de amigos, talvez fosse a beleza, ou o dinheiro, ou até a conversinha chata.
Perto das janelas, onde fazia mais frio ainda, ficava um grupo de meninas que nem de longe eram bonitas, mas elas eram inteligentes, simpáticas e muito comunicativas, mesmo sem conhece-las eu gostava delas.
E no meio de todas essas pessoas, existia eu, que queria ser bonita e inteligente como a menina de cabelos cumpridos, simpática como a amiga da menina bonita, desenhista como os meninos do fundo, fútil, rica e cheia de amigos como as patricinhas, e comunicativa como as que sentavam perto das janelas.
Em meio a tudo isso passei a prestar atenção em um detalhe, só fazia tão frio pra mim, qual era o meu problema?
Todos os dias eu assumia uma identidade diferente, e nunca consegui me igualar a nenhuma das tribos, enquanto as tribos se misturavam eu continuava vazia nas frias manhãs de agosto. Já era agosto, o tempo passava correndo, correndo por mim.
Passei o ano tentando ser alguém, alguém que viesse a ser percebida pelo resto da turma, até para os professores eu era invisível, eu que nunca fui a mais inteligente, a mais bonita, a mais simpática, a mais legal e muito menos a mais comunicativa, eu que sempre tive fobia de comunicação.
Setembro chegou e as manhãs ficavam mais quentes, as manhãs dos meus colegas, não as minhas.
Enfim dezembro, porém em dezembro tinha o amigo secreto... e o que eu falaria daquelas pessoas que eram desconhecidas pra mim? o que elas falariam de mim?
Eu tirei a menina bonita e inteligente de cabelos lisos e cumpridos, eu ia falar isto dela? - eu era vazia, e meu vazio não me deixava nem ajudar a preencher alguém -
O menino que escutava música, era bonito e mexia no cabelo da menina de cabelos lisos e longo me tirou no amigo secreto e disse: - 'a minha amiga secreta, é uma incógnita pra mim, e eu verdadeiramente queria saber quem ela é, ela é simplesmente diferente, e os olhos claros dela não transparecem nem um pouco sobre o que ela tem ai dentro, ela é fascinante.'
Eu uma incógnita? eu não... eu era vazia.
Tinha chegado a minha vez, e agora?
'a minha amiga secreta, eu não a conheço muito bem, porém sei que por trás de seus olhos escuros ela consegue transparecer muito mais do que ela é, do que eu no meu cristalino azul' - eu disse.
Ela me abraçou, e enquanto me abraçava ela cochichou baixinho: - o seu azul é muito mais bonito que o meu preto, porém o meu preto é mais claro, o melhor de mim e o melhor de você está no mesmo lugar, com cores opostas.
Foi quando me dei conta que a incógnita e fascinante aqui não era vazia, ela simplesmente buscava ser os outros, e desse jeito ela seria sempre ninguém, pois só se vira alguém, quando se aceita o eu, deste dia em diante as aulas ficaram mais quentes, até mesmo pra mim.

Never Gonna be Alone


O tempo passa rápido demais, em uma fração de segundo tudo muda, todo mundo muda, e de repente você se da conta que não fez nada, que a vida corre como rio e você foi só uma pedrinha que apesar de banhada pela vida, ou pelo rio, não se mexeu, não mudou, não quebrou, não foi esculpida, não foi eleita a mais forte, não foi vista como a mais bonita, você nunca foi nada, além de uma pedrinha que só serviu para as pessoas pisarem em cima, ou tropeçarem.
- é isso que você quer ser? eu não quero ser só isso. -
Amanhã é um novo dia.. e ai? o hoje é que importa, ninguém sabe o que pode acontecer amanhã, ninguém sabe o que pode acontecer no próximo segundo, então faça no hoje, tudo que tem vontade, tudo que for impossível - porque o possível perdeu a graça faz tempo - eu sei que não é bem assim, eu sei que inovar, fazer diferente nem sempre é fácil, mas e dai? se for bom, a sensação boa vai ficar pra sempre e se for ruim você vai esquecer numa fração de segundos, a memória do ser humano é seletiva, você só vai levar com você o que você quiser! E mais uma coisa, você já parou pra olhar nas pedrinhas que estão ao seu lado, pois é, elas nunca te deixarão sozinhos 'never gonna be alone' você sempre vai ter alguém ao seu lado...
Já parou pra pensar no tanto de coisas que estão mudando neste exato momento, eu estou digitando este texto, e estou me mexendo, você está lendo e pensando, muitas pessoas estão assistindo televisão, muita gente está na internet, tem gente namorando, tem gente brigando e tem alguém em alguma parte deste mundo pensando em você, tem alguém por ai que você nem conhece ainda mas que vai ser especial pra você, tem alguém procurando você, mesmo sem te conhecer, deve ter alguém que você nem imagina apaixonado por você e apesar de todas essas mudanças você sabe que tem pelo menos 3 amigos que você pode encontrar a hora que quiser e dividir os problemas que estiverem acontecendo, essa são as pedrinhas que estão ao seu lado sempre, e essas pedrinhas tem alguma coisa que chamam a sua atenção, não tem? você não gostaria de chamar atenção de alguém da mesma maneira ou vai querer ficar sendo só molhada pelo rio?
Tente, mude, inove, renove, dance, cante, sorria, seja um idiota, seja uma criança, aproveite, pule, grite, deixa o que tem dentro de você tomar conta da imagem que você construiu, por um segundo não pense no que os outros vão pensar, porque os outros serão sempre só os outros e você vai ser sempre você, e ser você é muito melhor que ser os outros.
Ame e perdooe são sentimentos nobres e NUNCA causam arrependimento, porém são sentimentos sérios, não use-os se não forem sinceros.
Faça tudo isso e muito mais no próximo segundo, faça tudo que tiver vontade, dance pra rirem de você, quando você fizer isso, você será a pedrinha mais original e diferente do seu rio, e com certeza enxergarão você, e você mais uma vez não vai estar sozinho.

Eu - por mim


Meu nome é Raiane Padilha Silveira, tenho 15 anos, estou no terceiro ano do curso normal, estudo no instituto estadual de educação Barão de Tramandaí e moro na cidade de Cidreira, no Rio Grande do Sul.
Mas eu não vim aqui pra dar meus dados, vim falar do eu que existe dentro de mim, tão completo e tão sozinho... eu sou meio confusa, impulsiva e tenho o habito de me mostrar forte pra todas as pessoas, quando na verdade eu tenho muito medo de ficar sozinha - não sozinha de não ter ninguém nos lugares onde eu estou, sozinha por dentro, sozinha na alma. -
Eu tenho os melhores amigos do mundo, apesar de todas as brigas, com eles eu passo os melhores momentos da minha vida...
A minha família também a melhor do mundo, eles são a minha base, porque independente do que aconteça eu sei que eles estarão do meu lado.
E eu torço para o Sport Club Internacional, torço mesmo, e meu time é CAMPEÃO DE TUDO.
Eu costumo sempre estar rodeada de pessoas, sempre com um monte de amigos a minha volta, no centro, na escola, aqui em casa, em festas, sempre!
E depois de tudo isso.. de ter todas essas pessoas ao meu lado eu me pergunto... por que eu ainda me sinto sozinha? por que falta alguma coisa que eu nem sei o que é! sei la, sei la
Quando eu não tenho nada o que fazer - ou quando eu tenho também - eu fico na internet, adoro ficar horas no twitter, no msn, no orkut e receber perguntas anônimas e idiotas no formspring.me!
Eu não sei me descrever, mas eu sou uma adolescente normal - existe isso (?) - eu sou assim, quando algo da errado parece que o mundo vai acabar, que a minha vida acabou, minutos depois quando algo da certo é sinal de que o universo está a meu favor, eu sou extrema, sou intensa. Mudo de opinião sempre que eu acho preciso, só não mudo de princípios, acho que personalidade não se adquire se constrói ao longo do tempo, com erros e acertos, eu construí a minha.
Eu estou naquele momento em que o adolescente vai ter que virar adulto na marra, vai ter que escolher profissão, vai ter que trabalhar, vai ter que morar sozinho. e eu faço o que agora? pra onde eu corro agora? MÃÃÃÃE! e talvez por isso eu esteja tão confusa, um turbilhão de novas coisas que eu tenho que fazer, quando na verdade eu só tenho 15 anos, eu tenho que fazer o mundo me enxergar quando na verdade eu só queria passar mais um dia com os meus amigos escutando música boa, por que eu tenho que aparecer justo quando eu não quero? por que quando eu queria era absurdo? por que? por que? por que eu to falando tantos por quês se agora eu sou uma quase adulta!
Ser adolescente é não compreender nada, e não ser compreendido por ninguém, eu sou assim.
Eu quero viver para o mundo, mas eu também quero ter um tempinho de ficar no meu mundo, eu quero que o mundo me veja, mas eu também quero ser anônima quando me parecer conveniente, eu quero terminar a escola mas eu também quero voltar ali as vezes e ficar horas conversando bobagem e sendo chingada por professores chatos - que sabiam muito, que sabiam e me ensinaram tudo - eu quero reclamar do mundo e dizer que eu sou o futuro, o futuro que nem sabe o que quer.
EU SOU ISSO AQUI MESMO, mas o que eu sou?