
Crônica de uma garota: Ela não sabia o que fazer, estava a ponto de explodir com tanta coisa na cabeça, não sabia como agir.
As coisas ao seu redor não faziam mais sentido, tanto tempo perdido e nada construído.
Hoje ela olhava a sua volta e não via nada, era sábado, quantas vezes ela ficou ansiosa pelo sábado e hoje o sábado estava sem programação, sua rádio estava fora da estação, e ela estava sozinha, perdida em meio ao seu silêncio, até semana passada não era assim, ela tinha planos, como pode tudo mudar? até ontem ela não sabia a quem dizer o sim, por ter tanta gente afim.
Ter muita gente a sua volta sempre foi favorável, sempre foi bom demais, e ela não queria que mudasse, por isso assim, nunca dizia sim.
Ela sabia que um dia mudaria, só não sabia que se sentiria tão vazia.
Neste momento a solidão trouxe arrependimento, chegou a hora em que ela ouviu um não?
Ficou perdida, escrevendo frases destrutivas, beleza não era nada, e nunca foi tão ruim saber que ela era relacionada a tudo por sua beleza rara, ela não tinha mais nada? não, ela não tinha.
O sábado ficou assim, silencioso, e ela que muitas vezes queria silêncio, hoje precisava de uma explosão, não queria mais saber de ilusão.
Hoje ela estava disposta a dizer o sim, mas não tinha ninguém assim, tão afim.
Ela que sempre escolheu hoje não tem mais escolhas.
Ponto, ela não tinha mais nada, as pessoas a sua volta, puft! arrumaram mais o que fazer.
O telefone toca, ela atende, a voz diz: - Oi linda!
Alguém lembraria dela, ou alguém sobraria e tentaria pela última vez?
Nenhum comentário:
Postar um comentário