
Crônica de Júlia, uma garota que não sabia nada: Ela sempre fez tudo que quis, sempre saiu na noite, fez muitos amigos, teve muitos ficantes e um único namorado.
Porém a vida dela era superficial, até ela conhecer o então ex namorado. Ela nunca tinha percebido quem eram seus verdadeiros amigos, ela nunca dera tanto valor ao amor de seus pais, nunca tinha se apegado as pessoas, até sentir a dor, dor que dilacerou, destruiu.
Parecia o fim do mundo, do seu mundo pelo menos, pois quem sempre teve tudo, tinha perdido o seu primeiro amor.
Isso aconteceu em meados de dezembro, era início da nova estação, a que mais esquenta o coração.
Sorte dela, a dor foi abafada por paixões de noites, de festas.
Ela estava feliz, que pena que mais uma vez foi superficial, por mais que dessa vez fosse diferente, que ela tenha aprendido a se apegar as pessoas e a ter medo deste mesmo apego.
Abril chegou, a estação mudou, o frio voltou e o ex namorado ficou arrependido.
E como uma nuvem fria, a deixou desprotegida.
Mais uma vez tinha que sair da sua superficialidade.
Ela não sabia se era isso que queria, era mais cômodo ser superficial e pegar geral, mas não fazia tanto sentido quanto ter do seu lado o seu único namorado.
Abril ainda não passou, ela ainda não escolheu entre o vazio tão cheio de alegrias superficiais ou o completo tão vazio de segurança.
Não sabe se o namorado merece perdão, ainda não decidiu como vai passar os dias de inverno, e em meio a isso tudo, não sabe o que o ex namorado confuso vai querer nessa estação.
Júlia, tem mais uma contradição, ela é o oposto do que parece ser, embora tenha sempre um sorriso no rosto nem sempre é isso que ela está sentindo. E acredita que o que sabe é o bastante, Júlia não sabe nada e isso é o que a deixa mais perdida em seu mundo, o mundo que ninguém conhece, o mundo que ela esconde, guarda só pra ela, é o seu cantinho particular.
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