
Sabe, eu vivo me perguntando o porque do sentimento que tem habitado em mim ser tão grande. Afinal, você nem é tão legal assim, ou tão simpático e muito menos tão carinhoso. Me pergunto também os motivos de não estarmos juntos ainda. São inúmeras as minhas dúvidas, e me sinto insuficiente pra suprir todos os teus vazios.
Nem tento te fazer propostas, e me culpo por isso as vezes; mas desculpa, meu orgulho não me permite fazer pedidos. Embora eu saiba que é só o teu sorriso torto que me deixa sem graça, que eu só acompanho os teus olhos fechando devagar, e depois abrindo e iluminando o meu dia, dando razão de forma simples, e trazendo a paz necessária pra eu ainda buscar forças. Isso tudo, sem falar do teu abraço, de sentir a tua mão direita levantando de leve a minha blusa, e a esquerda me pressionando contra o teu peito, te ver respirar no meu ombro e sentir de ti uma vontade enorme de me bater por todas as cenas de ciúmes mas não sentir coragem de falar, resolver simplesmente me deixar assim, desequilibrada e sozinha no fim do abraço, que ultimamente tem vindo acompanhado de beijo na testa, que faz transcender amor.
Eu mesma respondo as minhas perguntas, a tua antipátia e esse teu jeito estranho não são nada perto do sentimento que existe aqui e ai. Eu não preciso nem te perguntar se quando a gente se beija tu realmente quer acompanhar os meus movimentos, ou se até mesmo teu coração fica no compasso do meu, porque eu sei que é assim, eu sinto.
E quer saber mais? Toda essa dor de saudade, distância e um não te ter - mesmo sabendo que eu te tenho - são compensados quando a gente fica junto em silêncio, quando eu sei onde estão teus pensamentos, quando eu posso te prender a mim, em mim, seja lá como for; quando a gente está ouvindo a mesma música e automaticamente pensando na mesma coisa, na mesma história, na nossa história, e sussurando pra dentro de nós mesmos: Ela/Ele não pode saber.
Guarda o teu segredo, eu guardo o meu, e seguimos nessa miscelânea de sentimentos. E eu te quero mais do que eu te tenho.
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