terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ventos de setembro


Era noite, noite quente, estranha para aquela estação, muita gente, euforia, alegria, pelo menos da maioria.
Ela queria ele, ele queria elas, - isso mesmo no plural -talvez por ela ter demorado demais pra chegar, talvez por vontade maior.. ele chegou com outra. Ela saiu, ele foi atrás dela, deixando a outra, sem deixar rastros é claro, ele sempre age assim. Desculpou-se.
Ela é fraca em relação a ele, perdoa tudo, perdoa fácil, só quer te-lo por perto o máximo de tempo possível. Mas não foi a mesma coisa, a noite para ela ficou fria, apropriada para estação, triste e vazia.
Ele logicamente não se sentiu bem com isso, aquecendo a noite dela com palavras doces, com prazo curto de validade, resgatando forças e sentimentos.
Simultaneamente com os ventos de setembro passavam pela brisa perfumes velhos de ventos de outono, resgatando lembranças de outros tempos, trazendo o nó na garganta e fazendo escorregar uma lágrima, de alegria ou tristeza.
Talvez se ele soubesse disso as coisas acontecessem de outra forma.
Em suma, essa história será sempre a mesma, ela continuará camuflando as lágrimas, aguentando os fortes ventos que soprarem para que ele nunca perceba a dimensão dos seus sentimentos, mas quando estiverem juntos a noite sempre será quente, a euforia sempre terá ênfase.

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