
Chove ao som de Cidadão Quem, implorando que eu procure dentro de mim por coisas que possam resovler ou amenizar.
Confesso que o vazio nunca foi atrativo de mudança e que a chuva da uma preguiça tremenda. Tá, eu sei que quando está quente demais Porto Alegre também não é atrativa, e que eu reclamo disso, mas as vezes o brilho do sol revigora tanto, tanto que se faz necessário.
Talvez eu tenha 2012 motivos para precisar do sol, ou simplesmente precise repensar em outros 2013 motivos pra continuar aqui, ou lá, seja onde for, mas de outra maneira.
Às vezes, nós vamos pra um lugar que não é o nosso lugar, não é onde a gente se sente em casa, não é a nossa casa, mesmo que por motivos legais seja, nesses momentos não é a legislação que importa, e sim o fato de o coração sentir-se em casa, com um afago do mundo. Mas enfim, temos que ir, partir, recomeçar, tentar, tentar e tentar, mesmo que doa.
Doer, talvez tivesse outras formas de agir, talvez tivessem 2012 outras formas. Talvez ainda seja possível pensar em outras 2013 maneiras de resgatar. Gritos silenciosos na chuva não irão resolver, podem amenizar momentaneamente.
Tem que recomeçar seja lá do jeito que for, tentar fazer de Porto Alegre uma cidade menos fria, por mais que dóa. Dor passa.
Achei realmente esse texto muito lindo, bacana e inteligente!
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