Às vezes o sol brilha diferente, mesmo que seja noite. É quando a noite é de lua cheia, inspirando e deixando fluir o que se tem a dizer, fazendo com que as palavras saiam desajeitadas, sem conexão, como incógnitas, mas existe um coração em algum lugar do mundo em que essas palavras se encaixam e fazem sentido. Para que o sol brilhe diferente, esse coração tem que estar no lugar certo e na hora certa. E naquele dia ele estava.A partir daquela noite quente e estrelada, algumas palavras fizeram com que todo o som da agitação da noite de verão sumisse, e sobrasse somente a brisa da praia e o som do mar. Nos momentos subsequentes surgiu um novo sentimento: a confiança; talvez ela tenha surgido dali mesmo, do silêncio, trazendo uma certeza de que aquelas mãos que se tocavam naquele momento não se soltariam mais.
Bem, eu já disse, que não acreditava em almas gêmeas, frutas pela metade e até mesmo nessa coisa de vidas passadas, mas essa história mudou, desde aquele momento, foi como se algo dentro de nós fizesse sentido a muito tempo. Era como se o meu dia, estivesse esperando o teu sol.
Desde que o teu sol resolveu aparecer em todos os meus dias, todas as noites tornaram-se de lua cheia. E sabe aquelas mãos que se tocavam naquela noite? Hoje elas são entrelaçadas; As certezas nem tão certas assim, agora não são enigmáticas.
Como eu disse, meu dia esperava pelo teu sol. Meu dia não sabe e nem quer mais aprender como viver sem este brilho.
Acho que essa vida sorrateira ainda tem muitas peças pra me pregar, desde que o teu sol ainda faça com que eu enxergue as coisas tão claras e passe a acreditar em verdades tão sólidas.
E durante todas as noites, eu fico esperando ansiosa pelo sol do dia seguinte.
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