quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O último desabafo de 2012.

2012 acaba oficialmente amanhã pra mim,  quando eu sair da ufrgs, e finalmente encerrar o segundo semestre, o primeiro ano na faculdade.
Cabe aqui um reflexão mais coerente, porque afinal de contas, já estamos no décimo dia de 2013. Voltando hoje, lá para os primeiros dias de janeiro de dois mil e doze, toda aquela ansiedade do vestibular, horas absurdas de estudo nas horas que antecediam as provas, um pouco da vida social enforcada por um sonho, que merecia sim esse esforço. E depois de alguns dias a aprovação que mexeu demais com a minha vida, mais do que eu esperava, mais do que eu queria.
Encarar essa história, notar que não é American Pie, que nem tudo são flores, e que nenhum lugar no mundo vai ser tão meu, quanto Cidreira, e então sentir que tinha outras pessoas e outros lugares tomando forma em corações que eram tão meus.
Não gosto de relacionar isso com crescer, amadurecer e etc, porque do meu ponto de vista, essas conclusões só podem ser tiradas quando todas as águas já tiverem rolado nesse mar, e isso certamente ainda não aconteceu.
Além da faculdade, apareceu um alguém dando sentido pra coisas que até então não faziam sentido algum, alguém que me fez menos egoísta até, e que com certeza, se eu tiver que escolher um motivo para que esse ano tenha valido a pena, é este o meu motivo, esse alguém.
Foi nesse ano intenso que infinitas vezes eu achei que não ia aguentar, não ia conseguir me segurar mais. Tamanha minha mudança, tamanha mudança dos outros, do mundo. As coisas foram correndo do jeito que quiseram, não fiz nada para mudar os rumos, não sei se isso está certo, mas se tem uma coisa na qual eu não mudei foi no pensamento de que o que é meu, vai ser meu seja lá da forma que for e quando for.
Sinto falta daquela coisa leve, não sei se 'crescer' implica em ficar tudo um pouco mais pesado, tento fugir disso, espero que não seja assim, sigo escrevendo nesse blog e fazendo do mesmo um diário. Em fim, o amor não termina, é a única coisa na qual eu posso garantir ser eterna, pode se transformar sim, mas não acaba, por isso eu quero terminar 2012 deixando claro que apesar de todas as mudanças, o amor nunca mudou, mesmo com todos os erros e tropeços infantis. Que 2013 surpreenda, eu sinto saudade.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

2012 motivos para parar e 2013 motivos para recomeçar

Chuva, chove bastante, isso é a cara de Porto Alegre no verão, vazia e triste. Essa é minha cara de hoje.
Chove ao som de Cidadão Quem, implorando que eu procure dentro de mim por coisas que possam resovler ou amenizar.
Confesso que o vazio nunca foi atrativo de mudança e que a chuva da uma preguiça tremenda. Tá, eu sei que quando está quente demais Porto Alegre também não é atrativa, e que eu reclamo disso, mas as vezes o brilho do sol revigora tanto, tanto que se faz necessário.
Talvez eu tenha 2012 motivos para precisar do sol, ou simplesmente precise repensar em outros 2013 motivos pra continuar aqui, ou lá, seja onde for, mas de outra maneira.
Às vezes, nós vamos pra um lugar que não é o nosso lugar, não é onde a gente se sente em casa, não é a nossa casa, mesmo que por motivos legais seja, nesses momentos não é a legislação que importa, e sim o fato de o coração sentir-se em casa, com um afago do mundo. Mas enfim, temos que ir, partir, recomeçar, tentar, tentar e tentar, mesmo que doa.
Doer, talvez tivesse outras formas de agir, talvez tivessem 2012 outras formas. Talvez ainda seja possível pensar em outras 2013 maneiras de resgatar. Gritos silenciosos na chuva não irão resolver, podem amenizar momentaneamente.
Tem que recomeçar seja lá do jeito que for, tentar fazer de Porto Alegre uma cidade menos fria, por mais que dóa. Dor passa.

sábado, 10 de novembro de 2012

Cinza de saudade


Tem dias que é mais fácil de escrever, eu só não sei se eu queria que esses dias chegassem, quando tudo parece meio cinza ou vazio  fica fácil de escrever, de falar de um monte de coisa que eu sinto e deixo ali guardado, porque dizer é mostrar tudo que é muito fraco, e eu não sei se eu quero realmente falar.
Talvez eu fique só enrolando aqui, em um monólogo difícil de entender, mas que vai me dar a impressão de que eu falei tudo que eu precisava. Volto aos tempos, daqueles gritos silêncios, que tinham motivos bobos, comparados com os de hoje, talvez um dia volte a achar tudo isso bobo. É só que as vezes eu queria voltar para aquelas reuniões pra ajeitar o grupo sabe? Eu sei que vai ter algumas pessoas que vão ler isso aqui e vão entender na hora; queria redistribuir as tarefas como antes, e sentir aquela segurança em relação a alguns princípios que não existem mais.
Saudade é um treco chato demais. "Treco" eu nunca escrevo assim nos meus textos, mas é que não sei como classificar saudade, eu só acho que a saudade está tão forte de tudo, que deu saudade de mim. Cansei do aspecto que todo mundo acha que eu sempre tenho, por instantes, eu sei que esser texto não é pra sair dos rascunhos, e que se sair eu vou me arrepender, pelo mesmo motivo que me sinto tremendamente idiota por essas lágrimas bobas e que viraram tão constantes.
Eu sei que as coisas não são ruins e que isso é tempestade em copo d'água, por uma tpm boba mensal, que me faz lembrar de um monte de coisas e de gente que era tudo pra mim, ou simplesmente parecia ser e que eu mostrei uma facilidade tremenda em abandonar, mas é que esse não era o propósito, e como ninguém entendeu, eu também não fiz questão de explicar, afinal eu sempre sou mais forte que os demais pra entender como as coisas tem que ser e  a hora que elas tem que acontecer.
Chega, é só que hoje deu saudade.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Degradê


Em meio a Avenida Brasil, eu parei pra pensar em como meus textos ficaram mais claros, e sem mensagens subliminares de uns tempos pra cá, ficaram mais reais.
Talvez antes o que eu escrevia aqui era tão irreal, que eu não conseguia tornar claro e sem rodeios.
Talvez a vida seja assim mesmo, e as coisas só fiquem claras quando são reais. E se eu disser que até a noite fica clara quando as coisas são reais...
Desanuviei meus textos, e posso correlacionar com uma noite de fevereiro em que eu desanuviei meus pensamentos, é só que as coisas ficaram simples, todas as coisas, fáceis e palpáveis. E em pouco tempo o que parecia inalcançável estava ali, nas minhas mãos, esperando por mim, ou de mim.
A rua tomou cores diferentes, aquela mesma rua de todas as noites, aquela lua ta estranhamente corada, e não é aquela cor que eu via todas as noites, a menos de 365 dias atrás.
Enquanto as coisas foram clareando, eu fui percebendo que nem todas as coisas eram como eu imaginava que fossem, o sol brilhava de um jeito diferente, o sol nascia todos os dias do mesmo lugar agora. O meu olho hoje, ao contrario de todo resto, anuviou de uma forma estranha, por coisas estranhas, acontecendo desordenadamente.
Seja lá como for, esse real é uma etapa verdadeiramente boa da minha vida, eu quero viver o real e sem rodeios desordenada e emocionalmente para sempre.

domingo, 26 de agosto de 2012

Tempo, sorrisos, e mais alguns ingredientes

Conforme o tempo vai passando todas as coisas vão mudando, lenta ou rapidamente, para coisas melhores ou ruins. As coisas vão se desencadeando de uma forma descontrolada e muita coisa se perde nessas guinadas loucas.
Em meio a tudo isso, centenas de vezes falta o que fazer, a quem correr, falta coragem pra tomar decisões, ou sobra, fazendo com que as tomemos depressa demais, não sei, não entendo, mas passa, tudo passa. E nessa história de passar, algumas coisas saem de foco e outras coisas, ou diria pessoas entram no foco com uma força extrema. Falo agora em pessoas, por simplesmente elas sim terem importâncias, cometerem erros e acertos, causarem emoções fortes, boas ou ruins.
Tempo, tempo, tempo. Depois que ele dilacera, glorioso como sempre, não resolvendo, mas amenizando as dores, resta o que foi bom, o que está sendo bom. Bom é pouco, vou explicar um pouco disso na minha vida: Me vejo agora escrevendo essas coisas com os olhos cheios de lágrimas, em uma miscelânea de sentimentos bons e ruins, e bem, a todos que lerão isso aqui e me conhecem ão de convir comigo que as lágrimas não fazem, ou não faziam tanto parte de mim. Talvez não seja só isso que tenha mudado, mas enfim dentre todas as coisas que mudaram ao longo desses dezoito anos, muito bem vividos, diga-se de passagem, uma delas mereceu mais importância, mais esforço, mais mudança. Me vejo ceder por alguém, me vejo com medo, pelos medos de outro alguém, vejo o brilho do olho de alguém como ingrediente principal da minha felicidade, nisso tudo atropelo algumas coisas, eu sei, eu sinto; Sinto medo de errar, sinto necessidade de fazer bem, e sinto tantas certezas, mas tantas, e foram elas que seguraram, colaram os pedacinhos destroçados do meu coração sempre tão apertado, quando se fez necessário, sendo assim eu sei que hoje, amanhã e depois esse mesmo tempo que te trouxe vai te guardar aqui, pertinho de mim, junto.
O que fazer em forma de retribuição? Que forma encontrar para agradecer? O que fazer para não repetir os mesmos erros? Como evitar as tuas dores que eu conheço bem? Eu não sei, mas eu aprendo, eu ajeito, faço qualquer coisa por um único sorriso do mundo. Devo admitir que faço isso por ti, mas também por mim, por necessitar que essas mesmas mãos que eu quero cuidar pra sempre, me segurem sempre que eu precisar.
Eu ia dizer por fim, mas o ciclo louco da vida não tem fim, as coisas não terminam, entram e saem de foco de uma maneira louca, mas para o fim deste meu texto eu quero pedir a um certo alguém que não abandone meus passos nunca, que siga sendo meu porto seguro e que passe comigo por todas as coisas que o tempo - mesmo que ela seja forte e tão bom quanto ruim - nos espera. No mais, uma pitada de sorriso, uma porção de amigos, e uma confiança extrema nas fontes vitais. Eu não sei por quanto tempo o discurso moralista vai durar, mas não importa, quando eu me perder, a dor corroer, coração apertar eu tenho aquele alguém comigo, que o tempo, esse mesmo que constrói e destrói castelos me trouxe e não vai me tirar.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Pelo teu cheiro

Ouvia dizer que se a gente apertasse o olhinho bem forte sentia a pessoa perto, que se o sentimento fosse grande a gente sentia o cheiro da pessoa no ar; ouvia dizer que quando a gente quer as coisas acontecem. Sempre ouvia isso, mas só uma pessoa no mundo fez dessas coisas realidade pra mim.
Confesso nunca ter acreditado muito nessas coisas todas, afinal como alguém poderia ficar perto em um fechar de olhos, hoje explico, é simples, essa pessoa está tão perto, que é só fechar os olhos para encontrá-la, em lembranças, ou nos sonhos futuros, planos para um longo tempo, essa pessoa passa a fazer parte de tudo, e logo concretiza-se o que eu ouvia, em um apertar de olhos, essa pessoa está ali do meu ladinho. Sobre o cheiro, foi ele que me fez escrever, acabei virando aqui no sofá e sentindo um cheiro que não é meu, mas que eu conheço bem, cheiro da tua pele, teu cheiro, não é perfume a base de álcool, é aquele cheiro único, que só eu conheço, as vezes ele vem no ar, agora pode ser simplesmente por eu estar tapada com o teu cobertor, e deitada com a Luma, nossa ursa, olhando pras nossas fotos, em um quarto que não é mais só meu. Em tempo, tu tomaste conta de tudo aqui.
E quando a gente quer as coisas acontecem, sou prova disso, nem preciso explicar. E quando a gente sonha junto então? Duplicam as chances das coisas acontecerem. Quando a gente quer junto, quando a gente ama junto.
O olhinho apertado, o cheiro no ar, os planos compartilhados, talvez essas coisas todas tenham te tornado parte de mim, sem que eu perceba.
A gente erra junto, acerta junto, perdoa junto, ama junto e aqui eu te peço pra fechar o olhinho, tenta sentir meu cheiro, ele vai passar por ai, e fica junto, bem junto.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

De Caio Fernando a Mario quintana: Amizade

E pela primeira vez na vida vou escrever pra ti, mas sem ser direcionado, simplesmente por no momento tu não merecer saber que eu ainda te escrevo.
Já pensei muito naquela nossa história de pra sempre, de que nunca erraríamos uma com a outra como errávamos por ai, que nunca deixaríamos uma a outra na 'mão', que não negligenciaríamos nunca. Tá eu sei que tenho culpa, que te abandonei, te soltei.
Te conheço, sei também que sozinha tu não consegue e não segue a direção 'certa', a direção certa só tem um endereço e é o meu. Porque ninguém mais no mundo vai te abraçar forte, secar tuas lágrimas, te xingar, te dar os conselhos mais errados do mundo, mas que uma hora ou outra vão surtir efeito, ninguém mais no mundo vai te fazer sorrir por nada, como eu faço. Ninguém vai te esquentar o coração, a alma, ou só as mãos. Vai, confessa.
E te conheço muito, para de tentar me fazer ciúmes, fingindo que ocupou os espaços, eu sei que não, que tu não seria capaz.
Mas não erra comigo, eu te conheço muito da mesma forma que tu me conhece, to te pedindo isso, e tu sabe que não é algo que eu costumo fazer, costumo simplesmente deixar com que as pessoas se percam em qualquer direção. Mas a ti eu estou pedindo.
E aquela nossa história de pra sempre, eu espero que não se perca em qualquer direção. Que tu siga sendo um dos sentimentos mais sinceros da minha vida, e que eu siga sendo da tua, como aquela velha história do Caio Fernando de Abreu: Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim.
Ou o Mário Quintana: A amizade é um amor que nunca morre.