
As marcas do meu passado as vezes me servem de desculpa.
Hoje não me entrego pra ninguém, e sou como um cofre secreto que poucos descobriram a combinação.
Resolvi renegar o mundo, resolvi me afastar dos que conseguiram me descobrir, e não valoriza-los, para ver se desistem, tenho medo que descubram meus segredos.
Cometo erro em cima de erro, destruo corações, tudo isso sem intenção nenhuma, quando vejo já fiz. Faço isso, porque sempre que me entreguei quebrei a cara, jogaram a combinação do cofre fora, de todas as razões da minha vida, sobraram poucas, para contar essa história.
Segui sempre levando a minha vida, sempre encontrando graça no resto do mundo.
Além de cofre, eu sou também como um rio rasinho, tanta gente se vê através de mim, confesso meu medo.
Sou uma confusão sem fim, sinto falta de quem já se foi, e amo muita gente que está ao meu redor, mas tenho medo, muito medo. Medo de perder estas pessoas, como já perdi muitas outras, medo que elas me descubram, descubram esses meus medos, descubram que uso isso como desculpa dos meus erros.
Queria eu pulsar um coração, uma vida inteira, mas eu realmente não consigo, antes destruí-lo de início, do que cultivar a minha dor.
Chega, prometi pra mim não mais sofrer, um dia a vida vai dar um jeito em mim!