
No silêncio do meu mundo ecoa a dor do arrependimento. Orgulho ridículo esse que me separa da felicidade. A distância entre a minha felicidade e dessa solidão está em meus pés, está no outro lado da rua, consigo vê-las tão perto que meu coração dilacerado pulsa, jorrando dor para todo lado.
Já não consigo mais evitar ou até mesmo disfarçar com sorrisos esse coração quebradiço. A dor escorre dos meus olhos e passa entre minha garganta, meu silêncio está acabando.
Queria eu ser assim como você, tão forte a ponto de esquecer.
Queria eu juntar todos os pedacinhos do meu coração e remontá-lo como quem monta um quebra cabeça.
Neste momento, desisti de esquecer, pois quanto mais tento isso, mais penso em você.
Só não dói, não dilacera, não quebra quando estou dormindo, neste momento me desligo, pudera eu viver sem essa dor, pudera eu ter meu coração de novo, pudera eu entender o que leva alguém a quebrar o coração de outro alguém assim, só por quebrar.
Em tempo, pudera eu parar com o drama e falar para todo mundo que essa dor é também culpa minha, culpa desse orgulho que me impede de te fazer enxergar tudo, que me impede de te obrigar a fazer meu coração voltar a pulsar.
A felicidade está no atravessar da minha rua, ah... se essa rua fosse só minha!